A 30ª Oktoberfest e Feirasul – que acontecem de 8 a 19 de outubro - contará com a volta do tradicional Café Colonial. Após uma edição em que o ambiente esteve ausente, o Centro Cultural 25 de Julho assume a atração e promete trazer os quitutes mais característicos da culinária alemã. No ambiente, os visitantes poderão desfrutar desde cucas e linguiças, até doces e salgados diversos. A iniciativa de se responsabilizar pela gestão do espaço é um desafio, conforme conta a diretora Cultural da entidade, Celi Durante. "Quando recebemos a proposta, nos encorajamos em aceitar principalmente pelo fato de termos colegas que têm conhecimento em gastronomia. Em nossos eventos, somos nós que elaboramos os cardápios. É um desafio, sim, mas adoramos um desafio", revela.

De acordo com Celi, para que a estrutura do 25 de Julho, localizada junto ao Parque da Oktoberfest, esteja apta a receber o evento, equipamentos específicos para a confecção dos alimentos estão sendo adquiridos. Diante dos investimentos, o objetivo é que o Café Colonial perdure além da Festa da Alegria. "Durante a festa vamos analisar a resposta do público. Queremos que além dos turistas, a comunidade santa-cruzense participe efetivamente. Caso o resultado seja positivo, a ideia é fazer cafés esporádicos ao longo do ano", planeja a diretora.

Além dos quitutes tradicionais da culinária alemã, como cucas, bolos, salgados e linguiças, a equipe está tendo um cuidado especial para que todos os públicos possam apreciar as delícias que serão servidas. Entre as novidades está a produção de alimentos especiais. "Queremos que todo mundo possa desfrutar das iguarias. Para isso, também vamos oferecer opções sem glúten e lactose", salienta Celi. O valor do café será de R$ 42,00 (o quilo), com acompanhamento de café, leite e chá à vontade.

Tradição

O costume de saborear um café colonial já ultrapassa inúmeras gerações das famílias alemãs. "O típico café colonial alemão tem sua origem na mesa do imigrante, que servia os produtos artesanais elaborados a partir da produção familiar de sua pequena propriedade", relata coordenadora de Cultura e Folclore da 30ª Oktoberfest, Maria Luiza Rauber Schuster. "Os agricultores tinham na sua pequena propriedade, um trabalho que lhes exigia muita força, então, costumavam tomar bem cedo, um café bem reforçado. Era essa refeição matinal que iria proporcionar energia suficiente para o desempenho das árduas funções do dia", frisa.

Conforme a coordenadora, desde o princípio o café era farto, contemplado por muitos tipos de cereais e produtos de origem animal, como leite, manteiga, nata, queijos, requeijão, käschmier, wafles, torresmo, linguiças, pão de carne e ovos. "Muitos doces também eram produzidos a partir da colheita de frutas e da cana-de-açúcar. Surgiam então muitos tipos de pães, bolachas, bolos, tortas, cucas, schimier (geléias), compotas entre muitas outras delícias preparadas pela mulher imigrante", conta.

A popularidade dos cafés coloniais foi espalhada através de viajantes e turistas, que tempos atrás, ao chegarem tarde da noite em regiões pouco movimentadas, não encontravam hotéis, pousadas, hospedarias e nem restaurantes. "Eles, então, eram acolhidos pelos colonos que se prontificavam a atendê-los, oferecendo-lhes alojamento e também refeição. Nesta oportunidade, era colocada à mesa o que de melhor possuíam", salienta Maria Luiza. Esse café colonial, farto e delicioso passou, então, a ser conhecido, divulgado e tornou-se uma deliciosa tradição.

fonte: FOUR Comunicação

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